Estamos a
viver a Assembleia Geral Extraordinária do Sínodo dos Bispos, cujo tema é: «Os
Desafios da Família no Contexto da Evangelização». Esta é uma etapa intermédia
na caminhada Sinodal. O trabalho desta assembleia é conduzido pelo Instrumentum Laboris, que reúne as
numerosas respostas do Povo de Deus ao Documento Preparatório.
O setor
da Pastoral da Família de Lisboa acompanha este Sínodo com muita atenção,
pedindo ao Senhor que o Espírito Santo conduza os trabalhos sinodais de forma a
que seja um verdadeiro tempo de caminho eclesial. Tal como afirmou o Papa
Francisco, na Saudação aos padres
sinodais, é preciso que no Sínodo se fale claro, ou seja que se
diga tudo o que se pensa com ousadia e, ao mesmo tempo, que se ouça com humildade e acolha com coração
aberto aquilo que dizem os irmãos, fazendo-o com tranquilidade e paz.
Um dos
desafios deste Sínodo, tal como indica o tema que preside a estes dois anos de
caminhada, é conseguir propor ao nosso mundo o atrativo da
mensagem cristã a respeito do matrimónio e da família, sublinhando a
alegria que dá a vida em Cristo. Diante dos problemas e dificuldades que tocam
a existência da família dos nossos dias, é fundamental que as respostas da
Igreja sejam impregnadas de caridade. É importante que este Sínodo não fique
apenas com umas ideias bonitas, como disse o Papa, nem que se centre apenas em
alguns aspectos da moral cristã, mas que seja abrangente, que fale de todas
as realidades da vida familiar, de forma a que se possam descobrir novos
caminhos de evangelização. Numa sociedade por vezes tão adversa à vida
familiar, cabe à Igreja a proximidade com vida familiar, de forma a que,
acompanhando as famílias, possa ser um porto seguro, uma referência, uma
orientação.
Assim,
enquanto setor da Pastoral da Família, a nossa grande expetativa é que este
sínodo traga um renovado entusiasmo por este setor da pastoral, que não é mais
um setor entre tantos outros, é aquele que mais toca a vida das pessoas, pois
a grande referência da cada pessoa é sempre a família. É preciso implantar uma
autêntica Pastoral Familiar nas nossas comunidades cristãs; é preciso trabalhar
numa séria e longa preparação para o matrimónio e para a vida familiar, que
comece no seio da vida familiar, na catequese, nos grupos de jovens; é preciso
que os casais cristãos conheçam a beleza da vocação a que são chamados; em suma,
é preciso que as famílias se redescubram como Igrejas domésticas, como
santuários de vida e amor.
Queira
Deus que este Sínodo possa trazer um novo impulso à Pastoral da Família.
Texto: Pe. Rui
Pedro Trigo Carvalho
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